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Experiências Mercadológicas, por Carlos Martins

Wildson Messias

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Foto: Carlos Martins

Carlos Henrique Martins (25) é graduado em Relações Públicas (2014) pela Universidade Federal de Goiás (UFG), e recentemente esteve na Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) para realizar a oficina: “Práticas de gestão empresarial para relações-públicas: O pensamento precisa ser sistêmico.’’. Carlos  já acumula experiência com trabalhos em empresas de pequeno porte foco na área da comunicação e posicionamento estratégico de marcas em Goiânia, assim concedeu entrevista exclusiva ao site de Relações Públicas e fala sobre sua oficina, mercado nacional e goiano para os relações-públicas (RP), um pouco sobre a sua experiência com o momento posterior a graduação, entre outros assuntos. 

 

 Entrevista:

Qual o intuito da oficina que você está proporcionou aos estudantes de Relações Públicas?

O objetivo dela é trazer um pouquinho do mercado goiano e suas últimas tendências, assim como as práticas recentes do mercado.

Eu gostaria de tornar esse conhecimento empírico para quem está dentro da universidade ao trazer ferramentas de gestão, materiais que possam ser de fato criados e praticados aqui pelos alunos, para que eles consigam entender um pouquinho da dinâmica do mercado em função do relações-públicas como gestor de empresas.

 

Para você que é egresso da FIC, como você pode nos dizer que está o mercado para relações-públicas para quem está se formando por agora? 

O mercado de Relações Públicas (RP) a nível Goiânia, em Goiás, é promissor. No entendo, não são funções específicas de RP ou com o nome de da profissão. Eu tenho visto que as pessoas não conhecem o relações-públicas, porém precisam constantemente de todas as funções que exercemos.

Então, é comum encontrar vagas como social media, como assessor, como gerente de negócios, com tudo isso o RP pode atuar, não necessariamente com o nome da profissão, mas existem vagas no mercado para a nossa profissão.

 

Você pode falar um pouco sobre as suas especializações.?

A primeira especialização é em liderança e gestão de empresas, essa especialização me deu uma bagagem gigantesca e foi a oportunidade que tive em me distanciar um pouquinho da comunicação e olhar para as empresas a nível macro, entender como eu poderia atuar em todos os departamentos e fazer com que a comunicação aconteça de forma 360 graus.

A segunda especialização tem foco em processos criativos, é como eu enquanto relações-públicas posso proporcionar e criar demandas para as empresas que precisam disso diariamente.

 

Qual a representatividade o relações-públicas têm no mercado nacional e no mercado goiano?

O relações-públicas começa a surgir com um papel fundamental para gerir crises e fazer com que o relacionamento entre pessoas e empresas aconteçam de fato.

Essa é uma bagagem que o RP tem trazido e tem sido bem visto pelo mercado. A oportunidade que ele tem de fazer com que os relacionamentos entre empresas e pessoas sejam verdadeiros e reais, tanto o público interno ou externo. Então, pra mim essa a principal função do RP é fazer com que pessoas e empresas se conectem cada vez mais de formas verdadeiras por meio de experiências inesquecíveis.

 

Há alguma diferença no mercado a nível Brasil e a nível Goiânia?

Em Goiânia a sofremos um pouquinho com o modo  tradicional de gestão das empresas, que são familiares, isso às vezes faz com que as nossas ações inovadoras de comunicação caminhem um pouco lentas. A nível Brasil quando olhamos a nível macro, o Sudeste e Sul eles já conseguem evoluir um pouco mais na proposta de ideias inovadoras,   ações inovadoras e mais práticas.

 

Como que está o mercado Goiano?

O mercado em Goiânia, nós temos alguns segmentos promissores e segmentos que tiveram uma retração. Por exemplo, os segmentos voltados para a construção civil onde achamos profissionais de relações-públicas atuando em construtoras, empreiteiras, no entanto nós temos mais segmentos muito promissores na cidade. O mercado de segmento de luxo, o alimentício são segmentos muito promissores, são restaurantes, bares, hotelarias e tem crescido um pouquinho com os novos hotéis chegando à cidade.

O mais importante é entender que o mercado está mudando, consumidores mudam e demandas mudam, algumas empresas vão automaticamente fechar enquanto as outras vão continuar e outras novas irão surgir.

 

Você pode nos dizer um pouco sobre a sua experiência pessoal com o momento posterior à graduação?

O momento posterior à graduação foi um momento extremamente desafiante, eu saí da faculdade atuando como profissional liberal, então não estava contratado necessariamente por uma empresa. Assim, atuei em diferentes empresas simultaneamente para fazer trabalho de assessoria, de criação de marca, de social media e de relacionamento e estratégia de comunicação para essas empresas.

Foi um momento de incerteza, de aprendizado incrível, um momento onde eu tive perdas financeiras e também ganhos financeiros. É um pouco angustiante porque você sai da faculdade já querendo ganhar seu dinheiro, ter resultado, ter reconhecimento, mas as coisas demoram a serem construídas. Então, foi um momento que proporcionou o maior aprendizado da minha vida até hoje.

 

Você está formado há pouco tempo, e você já possui diversas especializações, cursos etc. Você pode dizer um pouco do que foi o seu diferencial para conseguir tudo isso em tão pouco tempo?

O primeiro diferencial é que desde que eu entrei na faculdade eu tenho a concepção do que eu queria em longo prazo, de me tornar um profissional um pouco melhor, mais versátil, um profissional que entendesse de diferentes áreas simultaneamente.

Eu acredito que o foco principal foi sempre desde cedo entender que eu poderia ser meu próprio relações-públicas antes de ser o relações-públicas de uma empresa ou pessoa e a partir disso construir a minha carreira de forma centrada e bem definida.

A UFG é um lugar único para que a gente consiga começar com a nossa carreira e não entenda que só a partir dela que as coisas se dão, mas aqui é o principal lugar para que as coisas aconteçam.

 

Para você, o que é ser relações-públicas?

Ser relações-públicas é construir de forma real e verdadeira relacionamentos que gerem experiências inesquecíveis nas pessoas. A partir disso, eles possam devolver para empresas e pessoas resultados mensurados por meio de finanças e também resultar aquela alegria que a pessoa tem depois de comprar um produto ou depois de ser atendido por um serviço que você oferece, isso é ser relações-públicas, é criar conexões verdadeiras.