Da UFG para o mundo dos negócios: como ser uma RP de sucesso no mercado goiano

Alunos do laboratório de Webrp*

O curso de Relações Públicas da Universidade Federal de Goiás tem formado diversos profissionais em seus 41 anos de existência. Alunos do 2º período entrevistaram duas profissionais da área. Na conversa, elas relatam suas trajetórias, falam sobre o mercado para os Relações Públicas em Goiânia, a importância dos meios digitais e dão dicas para o sucesso profissional.

Dienys Rodrigues e Ana Paula e Silva, formadas pela Universidade Federal Goiás, contaram aos alunos de Relações Públicas, detalhes importantes sobre sua trajetória no mercado goiano. Ambas sentem saudades da UFG, consideram sua porta de entrada para o mercado dos negócios goiano e relembram professores que as inspiraram, tendo o Professor Mota como o principal. (veja a história da FIC)

RP entrevista: Sabemos que no Brasil os Relações Públicas atuam mais nos bastidores. Como vocês enxergam a diferença dos profissionais que atuam aqui e em outros países do mundo?

Dienys: O profissional de Relações Públicas está apto para falar e se posicionar e é uma das formas que ele pode atuar, mas no geral é um trabalho de bastidor. Atuar com visibilidade pode ser mais comum em outros países. O nosso trabalho pode vir através de vídeos, números, entre outras formas... No nosso trabalho nos sobressaímos e aparecemos pelo resultado.

RP entrevista: Quando se pensa em RP, logo se associa à ideia de organizações, mas com o avanço da internet, vem também a questão das mídias digitais. Como vocês enxergam o crescimento dessa área e como isso ajuda o profissional de RP?

Dienys: São situações complementares. A forma de você se relacionar dentro de uma plataforma, dentro de uma ferramenta, ocorre de determinada maneira, que é através de um bom texto, de saber como lidar com as palavras, saber que ali ao mesmo tempo está passando informação para uma determinada pessoa e comunicando com vários, a abrangência é muito grande. Dá mesma forma no cenário web, há necessidade de trazer a comunicação para o lado da experiência, para lado do face a face. Nesse movimento as pessoas têm necessidades de terem relações pessoais, ou seja, de estarem mais próximas. Nós estamos passando por um momento de transformação, então são cenários, são ferramentas, são situações complementares, não acredito que um deixe de existir.

RP entrevista: Temos dúvidas sobre os campos de atuação em Goiânia. Sabemos que existem mais oportunidades em outros Estado como SP e RJ. Como está o mercado atualmente?

Dienys: O mercado de Relações Públicas é bem mais evoluído em São Paulo, mas aqui também existe uma área muito ampla na comunicação e ela esta ali pra ser preenchida. Nós, Relações Públicas, sabemos como nos comunicar e nos relacionar com diversos públicos e possuímos estratégias diferenciadas e específicas para isso. Não é fácil. O mercado existe, mas precisa ser desbravado e conquistado. Nós temos um trabalho de bastidores e é preciso ter paixão pelo trabalho que realizamos. Eu acho que as oportunidades são diferentes, o cenário é diferente. Então um exemplo: uma empresa X vai fazer o lançamento de um produto, a mesma informação que eu tenho, São Paulo tem, Rio de Janeiro têm, Bahia tem. O que cada uma faz? Eu tenho que fazer o meu planejamento de comunicação pra deixar o meu produto conhecido. E aí cada um vai pensar como alcançar o melhor resultado. Não é uma formula pronta. É a ferramenta. As estratégias vão depender do seu objetivo, daquilo que você tem. Informação está ali, acessível para todas as praças. Oportunidades, elas não existem. Nós temos que fazer essa oportunidade, correr atrás dos nossos sonhos, o mercado está aí, temos muito campo para explorar.

RP entrevista: Quais as características do profissional de RP, para obter o sucesso nos dias de hoje?

Ana Paula:  A credibilidade que temos hoje partiu do nosso compromisso com as marcas que trabalhamos, além do comprometimento com o resultado que vamos atingir e a nossa atuação profissional.

As entrevistadas falaram sobre a importância da teoria no mercado de trabalho. Ambas concordaram ao falar que a prática é algo que se aprende com o tempo. Porém, é a teoria e as ferramentas que torna o Relações Públicas um profissional competente e de credibilidade.